Hoje, iremos ater-se à uma considerável reflexão a respeito de alguns conceitos básicos e extremamente úteis para nos familiarizarmos com a disciplina, tentarmos esclarecer algumas dúvidas que insistem em nos nortear e subsidiar o desenvolvimento de nossos trabalhos...
Começaremos então pela DIPLOMÁTICA: Historicamente, a definição de diplomática, esteve intimamente ligada ao conceito de documento que caracteriza seu objeto de estudo. Ela tem sua origem ligada à questão da falsificação e das dúvidas sobre a autenticidade de documentos medievais. No entanto, apenas no século XVI surge como uma disciplina concreta. Resumiremos a seguir a visão de diversos autores da área sobre o conceito em questão.
Pra a autora Ana Célia Rodrigues (2002), “A diplomática, como ciência, existe pelo fato de atestar, através do seu método de analise, a autenticidade dos documentos arquivísticos. Autenticidade atribuída a vários ambientes e a características diversas que apresenta o documento”.
Segundo Bellotto (2000), “A Diplomática, por definição, ocupa-se da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial”. Dessa forma, tem-se que o objeto da diplomática é a estrutura formal do documento.
Para Luciana Duranti, “a diplomática é uma metodologia analítica que categoriza tudo para estudar. Ela reparte tudo em elementos internos e externos”.
Analisaremos agora definições acerca da TIPOLOGIA: Para Bellotto (1989), a tipologia documental é a “ampliação da Diplomática em direção à gênese documental, perseguindo a contextualização nas atribuições, competências, funções e atividades da entidade geradora/acumuladora”. Por suas características intrínsecas, a tipologia, concede uma maior importância ao procedimento administrativo, agregando relevância ao conjunto orgânico no qual o documento se situa, e não ao “discurso” de cada um (HEREDIA HERRERA, 1985).
A Tipologia tem como objeto de estudo o tipo documental, que é entendido como a “configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou”. Então, o objeto da Tipologia é a lógica orgânica dos conjuntos documentais.
A nossa última abordagem para essa postagem será sobre a atuação da diplomática e da tipologia documental dentro da Arquivologia. Dentro da arquivística brasileira, a diplomática e a tipologia documental são campos distintos de estudo, que trazem com si métodos próprios de estudo dos elementos do documento. Por isso, podemos entender que cada uma, independentemente, exerce uma função importante e única para a Arquivologia.
Para que seja feito um tratamento adequado do documento ao longo do seu ciclo vital, é necessário que o arquivista disponha de conhecimentos técnico-metodológicos e que tenha amparo de uma normalização de parâmetros metodológicos. Além disso, conhecer a gênese do documento é fundam:ental. Portanto, concluimos que, para a Arquivologia, é de suma importância o estudo da diplomática e da tipologia documental, o que permite ao profissional o entendimento da sistematização que envolve os documentos de arquivo, a uniformização e a normalização de métodos.
Saudações arquivísticas a todos,
DIPLOMUSIC
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